Crónica

 

Ponham os polícias a policiar!

Não podia (infelizmente!) ter corrido melhor ao CDS/PP o dia em que interpelou o ministro da Administração Interna acerca da criminalidade violenta. É que foi nesse dia que, numa esquadra da PSP, um homem baleou outro. Como anteriormente já houvera a invasão de uma esquadra por um grupo de desordeiros, nada melhor para argumentar que “isto” anda tão mal que nem no seio da Polícia se está seguro

Sérgio Andrade

O ministro respondeu como seria de esperar, dizendo que se trabalha no sentido de pôr PSP e GNR mais operacionais e menos administrativas. Porque, embora Portugal tenha um altíssimo rácio população/agentes da ordem, não poderá concluir-se daí que somos um país bem policiado. Seremos, não mais, um país com muitos polícias.

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Crónica

 

XL

O XL é um restaurante de referência em Lisboa frequentado pela classe política e economicamente destacada da nossa sociedade. A classe dirigente.

João Duque

O XL fica a 50 metros da porta da Assembleia da República, a 50 metros da porta da residência oficial do primeiro-ministro de Portugal e fica a 100 metros de uma esquadra da PSP.

Qualquer cliente que se preze ao chegar ao XL sai do carro de elevado estatuto e entrega-o ao porteiro para o estacionar. Numa zona da cidade onde o parqueamento é difícil, os automóveis acumulam-se em segunda e terceira fila à vista da despreocupada clientela (a classe dirigente), do poder legislativo, do poder executivo e até à vista dos que são pagos para fiscalizar e sancionar o incumprimento da lei.

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Crónica

 

Bem-hajam

Bem-hajam todos os envolvidos no restabelecimento da ordem pública no terrível sequestro num banco em Lisboa. Bem-haja o treino que receberam e bem-haja a imensa perícia com que conseguiram salvar os dois últimos reféns da perigosíssima situação em que estavam.

Mário Crespo

Devem ter sido décimas de segundo de decisão dificílima entre a vida e a morte. E que não restem dúvidas a ninguém. Os que a tomaram, escolherem a vida. E escolheram bem. Salvaram dois inocentes condenados à partida pela violência selvática de quem tinha decidido em consciência marginalizar-se de tudo o que é humano.

Não estou a fazer o elogio da morte. Estou a fazer o elogio da defesa da vida. Por isso, bem-hajam pelo que fizeram, pela coragem real com que irromperam sem tibiezas por aquele campo de morte arriscando tudo para resgatar os que estavam realmente indefesos e que eram gente como todos nós.

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